sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Erros que não justificam OUTROS erros...

Antes...
A expectativa era grande, afinal, poderíamos nesse momento estar junto do topo da tabela, colado na vaga da Libertadores. Acompanhando ao largo era possível notar, o Fluminense já entrara tenso em campo. Tinha medo, demonstrava isso no semblante dos jogadores no túnel que dava acesso ao gramado (potreiro) do Engenhão. Era hora do Grêmio entrar e mostrar a que veio e porque está em um momento tão bom. Porém, dúvidas assolavam a torcida gremista desde cerca de meia hora antes do jogo quando foi anunciado que jogaria Souza ao invés do preterido Ferdinando. Era a vontade de Renato. Atacar o Fluminense.

Mas todo gremista que se preza sabe que meio campo é que ganha jogo. E ficaríamos com um mísero marcador, por mais que volutarioso, astudo e valente, Vilson seria um só.

Durante...
O início do jogo mostrava duas equipes se respeitando e mais do que isso, mostrava um Fluminense tornado por sua covardia e falta de qualidade em uma presa fácil. Porém, algo aconteceu aos jogadores do Grêmio que, ao invés de notando isso aproveitarem a situação e partir para cima, ficaram ciscando e jogando lateralmente de forma enfadonha e lenta, acompanhando o ritmo do moroso dono da casa. Talvez, vejam bem, talvez, o meio campo do Grêmio tenha sido vitimado pela falta de entrosamento entre Souza e os companheiros, haja visto que no segundo tempo o setor parece que "azeitou-se" e funcionou bem, fazendo transições velozes e bem resolutas.



O problema é que antes de chegarmos lá, uma bola despretensiosa vida da direita chegou até Conca, que estava solto por Souza (sim, Souza não é marcador), e este virou pro gol, com a bola ainda picando, fazendo com que a mesma recebesse o efeito necessário para vencer Victor. 1 x 0. Injusto ? Até aquele momento pode-se dizer que não, afinal o Grêmio levava pouco perigo e seus atacantes não pareciam inspirados...

Mas aí veio o segundo tempo. O intervalo havia surtido efeito e os erros de posicionamento e marcação pareciam vencidos, e o Grêmio já impunha-se em campo assolando a zaga pó-de-arroz... Entretanto, entre pressionar o adversário e marcar o gol havia um árbitro. Um senhor chamado Héber Roberto Lopes. Este senhor, picotou o segundo tempo, deixou o Flu bater na entrada da área sem marcar faltas, por várias vezes a TV mostrou ele falando nas costas do Jonas, fazendo cara feia pro Douglas.

E então, quando o Grêmio vivia o melhor momento na partida, sufocando um Fluminense visivelmente apavorado, Jonas foi ATROPELADO na área. As imagens não deixam dúvidas, nem quanto ao posicionamento do árbitro, que estava a poucos metros do lance. Pois o mesmo fez menção... colocou o apito na boca, e por algum estranho motivo, NÃO APITOU. Sonegou ao Grêmio a possibilidade do empate no ápice de seu futebol, onde com certeza criaria uma série de problemas ao covarde Fluminense que ali estava, locupletando-se de mais uma falha da arbitragem brasileira.

É triste. Sinto-me roubado. Como se fora surrupiado de um bem material. Sabia, naquele momento que perderíamos o jogo. Se aquele penalty não fora marcado, nenhum outro seria. Foi escandaloso demais... É claro que até o fim do jogo nada mais além da inútil tentativa do Grêmio de vencer seus erros, os do juiz e mais o Fluminense haveria outro tento carioca, na pressão da saída de bola de Vilson, zagueiro improvisado de volante, que acabou por matar o jogo.


Depois...
O problema é esse. O Grêmio errou na escalação inicial ou no posicionamento das peças. Mas alguns percalços da partida como o primeiro gol de Conca não significam que o Grêmio teria que estar fadado à derrota. Alguns erros não justificam outros. Principalmente quando eles DECIDEM o jogo. Perdemos os pontos, e quiçá, a chance do título. Agora e reunir forças, enfrentar o sempre desafeto Goiás no Serra Dourada e, esperar que as próximas rodadas ajudem um pouquinho...

Forza Gremio !

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