quinta-feira, 26 de março de 2009

FRANGO DÁ VITÓRIA E LIDERANÇA



Se não fosse pelo frango engolido pelo bom goleiro do Aurora, estaria eu cá a falar sobre o novo festival de desperdício que toma conta do ataque tricolor.

É impressionante a quantidade de oportunidades desperdiçadas. E ontem, o fantasma do "Quem não faz, leva" mostrou a sua cara. Caso o Grêmio queira enfrentar de frente a Libertadores, terá que fazer muito mais coletivamente. Souza, dito craque, ontem mostrou-se um grande "fominha". Tcheco, bateu aquela falta no final e o goleiro adversário salvou a noite do Grêmio saboreando enorme frango.

Não sei, mas acho que falta alguma coisa no time. Como sempre disse, acho que é entrosamento. Acho que o time tem que jogar mais junto. Acho que o Gauchão está aí e é ótimo laboratório.

Forza Gremio

quinta-feira, 19 de março de 2009

COMO AS COISAS DEVEM SER

AGORA SIM

Exatamente como eu sempre disse: o time titular em campo não vai se desgastar, ou se quebrar, porque é muito superior aos adversários do Gauchão. Simplesmente por causa disso.

Nunca vi time se firmar sem jogar junto e o Grêmio já estava entrando naquelas de não se saber mais quem era o titular de qual função.

Muito bem Celso, agiste com bom senso, escalaste corretamente, e deste chance a quem precisava para começar a adquirir a auto-estima necessária para participar de um time vencedor.

Ontem, apesar de acompanhar pelo rádio e somente após poder acompanhar os melhores momentos, foi notório que o time, sendo muito superior, dominou desde o início, com gols de atacantes, alas, e até de ... hummm... Tcheco.

Será a sombra do Renato ? Será que uma sombrinha não faz bem à saúde hein ???


Forza Gremio !!

A VONTADE DE MAKELELE

AS VONTADES

Estava ludicamente a entreter-me assistindo a partida do Grêmio contra a fraca equipe do Sapucaiense, quando um fato acontecido durante o jogo pôs-me a pensar sobre as diversas vontades dos jogadores de futebol e como elas afetam uma partida.

http://www.youtube.com/watch?v=FLmQh23GXpk

Observem o gol de Makelelê, ele pressiona a saída de bola do volante do Sapucaiense, tabela, recebe a bola no "tempo futuro", ou seja, na frente, avança com força, evita o combate, escapa de pegada forte do zagueiro, limpa para a direita e bate na saída do goleiro. Um belíssimo gol. Um gol que evidencia a vontade do autor.

Um comportamento em especial leva-me à coluna de hoje, sobre o jogo. A resistência de Makelelê em não cavar o penalty e optar por bater em gol. Ele foi galhardo, voluntarioso, corajoso, e, como eu gosto de dizer, não teve medo de ser feliz. Existe uma infinidade de jogadores que nessa mesma situação, ao sentir o toque forte do zagueiro, projetariam-se ao terreno e deixariam tudo nas costas do árbitro. Por não ter feito isso, Makelelê, recebe toda a minha consideração, todo o meu aplauso, e mostra-se sim, como digno de envergar o manto sagrado tricolor. Makelelê sentiu-se à vontade para marcar o gol, e com isso decidiu-se pelo certo, pelo sensato, pelo mais bonito, não se jogar, e sim acreditar em si mesmo, deslocar o goleiro e fazer o gol.

Que belíssima demonstração de como se joga futebol. Com vontade, com espírito de luta e com muita garra. Parabéns Makelelê. Se pudesse aposto que ensinarias aos teus colegas...

quinta-feira, 12 de março de 2009

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA


GRÊMIO 1 x 0 BOYACA CHICÓ


O EFICAZ GRÊMIO

Aproveitando-se acertadamente dos únicos efeitos realmente visíveis da tal altitude de Tunja, o Grêmio foi eficaz. Venceu a partida.

De qualquer sorte, digo que essa partida tem de ser examinada com cuidado, pois ela não demonstra de todo tudo aquilo que se passou. O Grêmio, irritantemente durante a primeira etapa, esperou o adversário, Boyacá Chicó, tocar a bola e vir para cima. Parece que de alguma forma Celso Roth ainda não entende como se sente o gremista. O gremista não aguenta mais ser pressionado pelos adversários. Ok, ok, o Grêmio não foi pressionado ontem. Mas apenas não foi pressionado porque a equipe adversária possuía um péssimo arremate para as pouquíssimas jogadas que conseguiu fazer. Fraco esse time do Chicó. Durante a segunda etapa sim, o Grêmio me pareceu mais aguerrido, com mais vontade de marcar. Apesar de acreditar que os ânimos mudaram aos 32´ do primeiro tempo, quando Souza seguiu boa dica de Alex Mineiro e fuzilou o goleiro adversário, acho que se o gol não tivesse acontecido daquele jeito, talvez não acontecesse.


O INEFICIENTE GRÊMIO

É impressionante o quão ineficiente o Grêmio tem mostrado-se nas partidas da Libertadores-09. É um desperdício que remete automaticamente à velhos chavões como o: "quem não faz, leva".
Ontem, antes do fim da partida eu já aguardava o empate, porque o Grêmio jogou no mínimo três grandes oportunidades pela janela... Ou fora da janela... A eficiência em uma partida de futebol pode decidir. O Grêmio precisa urgentemente olhar com mais carinho para a questão arremate. Sei que o Roth já andou dando foco nisso, mas tem que dar mais, muito mais.
Uma boa seria se ele fosse valente e os jogadores menos omissos e o Grêmio resolvesse encarar de frente o Gauchão. Com time quente, mas sem o compromisso. Sabe-se que equipes com sangue doce tendem a jogar melhor do que as extremamente comprometidas. O Grêmio precisa jogar muito para acertar a mecânica de jogo, que acho que ainda está faltando. Em todas as partidas há um festival de passes errados. Bem, trabalho a ser feito há. Dizem que o Celso é trabalhador e não duvido. Então que ponham-se todos a tornar o Grêmio mais eficiente.




FIM DE TEIMOSIA


Parece-me que finalmente então Celso Roth aprendeu a lição. Futebol é um jogo onde quem fizer mais gols vence. Parece fácil. Mas para alguns, como o Roth, parece muito difícil. Ontem ainda alguns resquícios de MEDO. O início do jogo foi jogado com medo. A marcação do Grêmio não é a que foi vista no início do jogo de ontem. TEM QUE CHEGAR JUNTO. Cercar apenas não adianta. Na minha opinião o Chicó só não ganhou porque tem um ataque muito ruim, porque a equipe de uma maneira geral soube girar a bola, fazer linhas de passe e teve muito, mas muito mais posse de bola que o Grêmio.






O FIM DO CHUTÃO


Outra coisa que foi acabando ainda DURANTE o jogo de ontem foi o chutão. Afastar a bola quando do ataque adversário é plenamente normal, até prefiro assim, do jeito que o Rafa Marques estava a fazer ontem, com bagos homéricos para todos os lados. O problema é o SAIR JOGANDO. Tem que sair jogando com a bola no chão, tem que parar com os "lançamentos". Esses "lançamentos" são horríveis rifas da posse de bola, logo quando o time tem que ter posse de bola. CHEGA DE CHUTÃO, PELO AMOR DE JUPITER CAPITOLINO. Ontem, conforme o Grêmio foi se acalmando, o MEDO indo embora, o gol acontecendo, o CHUTÃO foi sumindo. O CHUTÃO tem que sumir para sempre. Enquanto "lançamento", sumir para SEMPRE !
É como outro grande velho ditado do futebol: "A bola é feita de couro, o couro, da vaca, e a vaca gosta de grama, ENTÃO PÕE A BOLA NA GRAMA!!!"




FORZA GREMIO !
scalamato@gmail.com

sexta-feira, 6 de março de 2009

50 MOMENTOS DE CELSO ROTH

Está rolando aí nos blogs:

1.Celso Roth joga par ou ímpar com o espelho e perde. PEDINDO PAR!
2.O novo PES 2010 terá um novo modo: Very Hard, Hard, Médium, Easy, Very Easy, Amateur e Celso Roth Mode
3.Os criadores de PES e Winning Eleven não colocam técnicos nos jogos porque teriam que fazer Celso Roth, e o atributo “mentality” só vai até o 1
4.O maior feito na carreira de um jogador de futebol não é fazer 1000 gols. É ganhar um título com o Celso Roth no comando do time
5.Se Celso Roth ainda não fez merda, é porque ele ainda não definiu a escalação
6.Celso Roth não ganha a partida nem quando o outro time está com 6 jogadores em campo
7.Roth jogou roleta russa com um revólver completamente descarregado e perdeu
8.Se o Roth tem 1000 reais na carteira e você tem 5 reais, você tem mais dinheiro que o Roth
9.Roth perdeu o “Chuck Norris game”
10.Celso Roth perde mesmo quando faz Royal Flush
11.Roth jogou jogo da velha consigo mesmo e perdeu
12.Em Shrek, o papel do burro caberia inicialmente ao Celso Roth. Mas o IBAMA protestou, alegando que era uma ofensa aos burros.
13.Celso Roth tem QI negativo
14.Os jedis podem controlar a mente de Celso Roth
15.Se você acertar em algo um dia, fique tranqüilo, você obviamente não é Celso Roth
16.Celso Roth perdeu a virgindade depois do filho
17.Se você procurar no google por “Celso Roth ganha um título”, nenhum resultado será encontrado, por motivos óbvios.
18.Celso Roth leva 90 minutos pra passar uma hora
19.A famosa frase de Einstein “Apenas uma coisa eu tenho certeza que é ilimitada: a ignorância humana” foi dita depois que ele conheceu Celso Roth
20.Roth perdeu para ele próprio jogando Football Manager
21.Celso Roth faz uma cebola chorar
22.Deus ora para que Celso Roth fique inteligente.
23.Celso Roth foi reprovado num vestibular onde apenas ele participou.
24.Dizem que a ilha de “Lost” na verdade é o cérebro de Celso Roth
25.Quando Celso Roth nasceu, o doutor em vez de dar um tapa nele, deu no pai dele
26.Quando Saddam Hussein estava para ser morto ele poderia escolher entre ser enforcado ou ver Celso Roth treinando seu time. Ele preferiu a primeira opção.
27.Roth não é politicamente correto. Ele nunca está correto. NUNCA
28.Nos tempos de ditadura no Brasil as pessoas escolhiam se preferiam ser afogadas e levar choque, ou ver Celso Roth treinando o seu time.
29.Celso Roth já teve outras carreiras além de treinador. Em 1929, ele trabalhava na Bolsa de Valores.
30.Quando Celso Roth lê um livro, o livro fica burro
31.Para cada burrice cometida no mundo, Celso Roth comete mais oito
32.O diabo criou o inferno porque não suportava mais o Celso Roth
33.Conte até dez... Esse é o tempo que Roth demora pra fazer merda. 42 vezes.
34.O tamagochi do Celso Roth já veio morto.
35.Quando pensou que estava errado, Celso Roth acertou pela primeira vez na vida.
36.Outras carreiras de Celso Roth? Ele já dirigiu um barco chamado titanic, e recentemente pensou em mudar de profissão, ao tentar ser piloto de avião da TAM
37.Celso Roth inventou a palavra “burrice”
38.Mandar o Roth pro inferno não adianta nada, muito pelo contrário, pois você compra uma briga feia com o diabo.
39.Na bandeira do Brasil, as bolinhas vermelhas significam o número de vezes que Celso Roth ganhou um título
40.Celso Roth só possui membros inferiores, afinal, ele nunca é superior em nada
41.Sorte de hoje: Você não é Celso Roth
42. Se parece com galinha, cheira como galinha e tem gosto de galinha, Celso Roth diz que é um bife
43.Celso Roth não tem reflexo no espelho. O reflexo tem vergonha de aparecer
44.O cúmulo da burrice não é Celso Roth. E sim contratar ele para o seu time
45.O teclado de Celso Roth não tem a tecla “Ctrl”. Ele nunca está no controle!
46. Como disse o presidente americano Roosevelt: "Não temos nada a temer a não ser o próprio medo. E Celso Roth treinar o nosso time.”
47.O estádio dos Aflitos tem esse nome desde que Celso Roth decidiu treinar o Náutico
48.Dunga decidiu ser treinador quando Celso Roth disse que ele tinha potencial
49.Quando Celso Roth fuma maconha, o baseado fica doidão
50.Jogando Counter Strike, Celso Roth morreu com um Flash Bang.

quinta-feira, 5 de março de 2009

O TEMPO QUE PASSOU

Infelizmente, como diria um nem tão surrado ditado: "O presente é o futuro se tornando passado a todo momento." Infelizmente para o Ronaldo, que nem de longe aparenta ser o que já foi.

Que saudade daquelas Copas do Mundo em que esse cara despertou toda a minha torcida para que anotasse os gols para a nossa seleção canarinho. Quando assisto as cenas de Ronaldo tentando jogar, me sinto velho, me sinto passado. Me sinto GORDO.

Me pergunto como caras como o Herrera, que chegou ao Grêmio com cerca de 9 quilos acima do peso, fazem para ficar fininhos fininhos, como é o caso do Herrera, mas não é o caso do Ronaldão. Com visível barriga e "bumbum" o cara está parecido comigo. Acho que tem algo de diferente no comportamento extra-campo do Herrera e do Ronaldo. Ronaldo está faz tempo no Corínthians, mas o Herrera recém chegou, e em cerca de umas três semanas se pôs em forma. Já o Fenômeno já recebeu multa por festas, já se envolveu em confusão. Poxa, será tão difícil assim "baixar a bola" ?

Coitado do Mano. O Mano sempre foi um cara sério, admiro demais o trabalho dele. Agora, fico com pena dele, sei que não é dele a vontade de escalar um cara desses. De qualquer jeito ele vai ter que criar um esquema para privilegiar o gordo a fim de que o Corínthians não seja o ponto final do veterano centroavante. O Corínthians enquanto time, na minha singela opinião, será uma piada enquanto estiver com Ronaldo em campo. Tudo por causa do marketing, das verdinhas, do capital...

PORQUE SOMOS ATEUS - por Henrique Carneiro

Pessoal, ótimo fragmento obtido em minhas andanças, repliquem, se quiserem e conseguirem, estou pronto pro debate. Abraço

***

PORQUE SOMOS ATEUS

A idéia de deus, desde o surgimento do Estado, tornou-se o fundamento do poder. A palavra “hierarquia” significa, nos seus radicais gregos hieros e arquê, “poder do sagrado”. Os sacerdotes foram os primeiros agentes do aparelho coercitivo do Estado. Duvidar dos deuses, portanto, sempre foi, na história das civilizações, um crime contra o Estado. Por isso, o ateísmo sempre foi uma doutrina clandestina, perseguida, denunciada, estigmatizada, e seus porta-vozes são, por milênios, praticamente inexistentes na história do pensamento.

Apenas a partir da época moderna da Ilustração que o livre-pensamento, o direito à dúvida e a descrença e, até mesmo, a afirmação da inexistência de deus, tornaram-se públicas, mesmo com a continuidade da vigência da censura policial dos livros e da perseguição aos ateus. Na verdade, só mesmo no século XX, e assim mesmo tardiamente, que o ateísmo pode tornar-se uma opinião tão legítima como qualquer crença religiosa. Mesmo hoje em dia, praticamente nenhum estado é efetivamente laico, havendo sempre concessões no campo da isenção de impostos, do acesso à educação, etc. Há cruzes nos parlamentos e tribunais e jura-se sobre bíblias oficialmente.

O ateísmo existe como uma antiga herança materialista da filosofia grega e como um recente movimento social e intelectual dos séculos XIX e XX. Nesse período, tanto o marxismo, como anarquismo, o liberalismo e o positivismo manifestaram, de alguma forma, uma carga maior ou menor de ateísmo explícito ou atenuado na formulação de “agnosticismo”, que foi usada por pensadores como Bertrand Russel, por exemplo.

Para esboçarmos uma definição geral, poderíamos dizer que o ateísmo recusa a idéia de que o destino do mundo esteja nas mãos de qualquer deus, admitindo no seu lugar a combinação das determinações naturais, do acaso e, particularmente, da vontade humana que, tanto no âmbito individual como no coletivo, representa um fator central para a descrição das histórias das vidas e das sociedades, no sentido de tentar compreendê-las.

O ateísmo pressupõe, portanto, o primado da liberdade humana e de uma busca de autonomia sobre si na determinação do destino humano. A idéia de um desígnio, ao contrário, se apresenta como uma explicação das coisas pelos encadeamentos de uma vontade sobrenatural que escaparia ao nosso alcance.

Desde a antigüidade clássica que alguns filósofos gregos e latinos questionaram a noção de um deus criador ou controlador do universo como algo incongruente. Mesmo sem sustentarem um ateísmo coerente e integral (lembremo-nos sempre que o debate do ateísmo sempre se fez de forma clandestina e, portanto, cifrada, sem uma exposição pública total de idéias cujo preço a se pagar por sustentá-las podia ser a morte ou até mesmo pior do que a morte, a tortura e a humilhação), se tornaram os marcos do pensamento cético e crítico das visões de mundo das religiões. Desses filósofos, o mais influente foi o grego Epicuro (341 a.C. a 270 a.C.), cujo nome passou a designar até hoje, no senso comum, uma atitude mais ou menos hedonista, o “epicurismo”, o que, na verdade, se oporia à postura real do filósofo, muito mais dirigida para o “equilíbrio” e a “moderação”.

Mas, além do elogio dos prazeres e do seu uso equilibrado, Epicuro caracterizou-se por ser o primeiro a argumentar contra a idéia de que o destino é governado pelos deuses (mesmo que não afirmasse que eles não existiam). Sobre a idéia de um destino comandado pela vontade divina, Epicuro, num fragmento famosos dizia: “Deus, ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso: o que, do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente: portanto, nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa compatível com deus, donde provém então a existência dos males? Por que razão não os impede?”.

Este tornou-se o argumento moral clássico contra a existência de um deus supostamente bondoso: por que existe o mal?Contra o medo dos deuses, Epicuro assim como o seu discípulo latino Lucrécio (98 a.C. a 55 a. C.) afirmaram idéias revolucionárias, muitas se aproximando de uma física verdadeiramente moderna, contrárias ao pensamento dominante de sua época e dos quase dois milênios que se seguiram, tais como:

  • Nada se pode criar do nada.
  • Não pode tudo nascer de tudo.
  • Nada se aniquila inteiramente.
  • O vazio existe.
  • Tudo está em contínuo movimento.
  • Não há desígnio.
  • Não há centro no universo.
  • O mundo não foi criado para nós.
  • Há outros mundos.
  • O espaço é infinito.

Essas idéias ofereciam uma interpretação do curso dos fenômenos do mundo natural e humano em que não havia lugar para uma ação ou criação divina, nem para a interferência sobre o curso da natureza de forças “sobrenaturais”. Por isso, pode se chamar essa concepção como “naturalista” e “materialista”.

Também em relação à alma, Epicuro enfrentou as crenças de sua época, defendendo a tese de que, ao morrer o corpo, a alma também se dissipa, pois só existe com o corpo e um espírito não poderia ser dotado de sentidos, pois estes dependem de órgãos carnais. Como escreveu Lucrécio: “toda a substância da alma se dissipa como o fumo nas aladas auras do ar”. A morte, portanto, nada é para nós, pois quando ela vem, já não somos e quando não somos nada sentimos.

O destino do mundo na visão epicuriana, em última instância, tenderia a uma destruição da ordem atualmente existente entre céus e terras. O mundo não se formou conforme um plano, mas pelo movimento dos elementos. Assim, todos os fenômenos temidos na vida individual e coletiva como doenças ou trovões, raios ou terremotos possuiriam causas naturais e nem a morte ou a salvação, a doença ou a cura, a fortuna ou o desatre, dependeriam da vontade ou da intervenção de deuses.Lucrécio, no Livro V, do De rerum natura (Da natureza das coisas), apresentou quatro argumentos contrários a idéia de que o mundo fora criado por deuses.Três argumentos são lógicos:

1) um ser perfeito não criaria um mundo imperfeito;
2) se deus na eternidade estava em repouso por que o interrompeu?;
3) o mundo não possuía nenhum modelo.

E um argumento é ético ou moral:
4) a existência do mal é incompatível com um deus bom.

Este último ficou conhecido como o argumento da justiça (ou injustiça) divina, ou da teodicéia. Como, sendo bom, deus permitiria o mal?As idéias de Epicuro e Lucrécio existiram no mundo mediterrânico vários séculos antes de Cristo. Com o advento da cristianização do Império Romano, pela primeira vez, uma religião monoteísta tornava-se dominante numa vasta área territorial. Para impor seu domínio declarou guerra implacável contra todos os outros deuses pagãos. Mais forte ainda, no entanto, foi a repressão às idéias negadoras da existência de deus. O ateísmo foi considerado um crime terrível e praticamente desapareceu da história das idéias na Europa. Epicuro e Lucrécio foram proibidos pela Igreja Católica, seus livros queimados e seus nomes condenados ao desaparecimento.

Somente no Renascimento, as idéias de inspiração epicurista começaram a reaparecer, mas como sustentou Lucien Febvre, em seu livro clássico sobre o pensamento de François Rabelais, no século XVI a descrença ainda era algo inconcebível. Montaigne, mesmo que afirmasse a dúvida e exigisse o senso prático na análise das coisas tampouco chegaria a sustentar uma descrença em deus ou um ceticismo metodológico que se curvaria apenas diante da evidência dos fatos, conforme o método científico estabeleceria nos séculos seguintes. Muitos, como Rabelais e Villon, zombavam da Igreja, do clero, da escolástica, e mesmo de Cristo, dos santos e dos milagres, mas não chegavam a uma negação da idéia de deus como a filosofia materialista faria no século XVIII.

No início do século XVIII, o pensamento ateu encontrou um sistematizador pioneiro na figura de um padre de aldeia na França, Jean Meslier, mas que apenas numa obra póstuma revelou seu pensamento desafiador, resumido em “oito provas” que demonstravam que:

1) religiões são invenções humanas;
2) a fé é um princípio de erro;
3) as visões e revelações são falsas;
4) as promessas e profecias são ilusões;
5) a teologia e a moral cristã são absurdas;
6) a religião em conluio com a política é a causa da opressão e da miséria;
7) deus não existe;
8) a alma não é imortal.

Esse padre apenas revelou suas verdadeiras crenças depois de morrer, explicando que vivera uma terrível angústia de ter que defender publicamente o que não acreditava no seu íntimo.Voltaire, conhecendo o Testamento de Meslier ajudou a divulgá-lo, mas sob uma forma atenuada, adulterando e traindo o pensamento de Meslier. O barão D´Holbach, mais coerente, também se inspirou em Meslier e em seu Sistema da Natureza (1760), resumiu os três argumentos ateus clássicos como:

a) o da “incongruência das qualidades” (deus não pode ser bom e onipotente ao mesmo tempo);
b) o da “economia ontológica” (a natureza se basta para autocriar-se perpetuamente, não é preciso remeter sua origem e funcionamento a nada externo a ela própria);
c) o da “nocividade política” (a idéia de deus serve para reis e sacerdotes governarem um povo crédulo e ignorante).Durante a Revolução Francesa, o líder jacobino Robespierre condenou os ateus, pois, para ele, a idéia de Deus servia à manutenção da moralidade pública. Entre os filósofos iluministas, os mais ateus também foram os de origem mais aristocrática e menos democráticos (D´Holbach, La Mettrie), enquanto Diderot, assim como Hume, na Inglaterra, precisavam disfarçar seus argumentos inventando diálogos em que personagens outros que não eles próprios podiam esgrimi-los. Voltaire era um deísta (acreditava num Deus, mas combatia a Igreja), Rousseau converteu-se duas vezes, primeiro ao catolicismo e, depois, retornou ao protestantismo de sua origem.

O ateísmo não é, entretanto, apenas a não-crença em deus ou nos deuses, mas também a descrença na vida eterna. A idéia da imortalidade da alma é um complemento indispensável da noção judaico-cristã de uma justiça divina com condenações e salvações eternas no inferno ou paraíso.

As tentativas de encontrar uma explicação para o destino humano nos caprichos dos deuses sempre respondeu ao desamparo humano diante da sorte e a religião nasce como medo do futuro, especialmente da morte e das calamidades. Como escreveu David Hume, “as primeiras idéias da religião não nasceram de uma contemplação das obras da natureza, mas de uma preocupação em relação aos acontecimentos da vida”.
Quanto mais um homem vive uma existência governada pelo acaso (como jogadores e marinheiros), mais ele é supersticioso. A força da religião decorre, assim, da existência de causas desconhecidas para os males e as benesses da vida.Na história da crítica moderna e contemporânea da religião alguns pensadores de origem judaica, como Marx e Freud, ocuparam um lugar de destaque. Como comentou Isaac Deutscher, a maior contribuição do judaísmo para a humanidade foram os seus hereges que (de Cristo a Espinosa, Marx, Trotski ou Freud) desempenharam um papel central no desafio inicial da ordem vigente e na abertura do pensamento para um espaço de liberdade e amplitude de reflexão crítica. Do seio do monoteísmo original e mais estrito do judaísmo nasceram visões rebeldes, anti-dogmáticas e heterodoxas.

Para Marx, a crítica da religião é uma condição preliminar de toda crítica. A religião é o consolo de uma consciência cuja vida não tem seus nexos conhecidos. A compreensão do papel ativo da humanidade na história seria a contrapartida a todas as formas de crenças ilusórias construídas pela ignorância do que move o próprio destino.

Freud, de forma semelhante, vê na religião uma minoridade, uma recusa à responsabilidade sobre o próprio destino, uma sobrevivência da sensação infantil de amparo e temor simultâneo diante da figura paterna, e, portanto, uma neurose coletiva. Uma ilusão sustentada coletivamente como modo de vida, que ele considera, e tem a coragem de expor no seu livro O futuro de uma ilusão (1927), deverá ser superada para uma maturidade mais plena da humanidade.A linhagem do ateísmo na história do pensamento vai de Epicuro e Lucrécio, na antigüidade, a Meslier e D´Holbach no século XVIII, e Feuerbach, Marx e Freud, no XIX. (...)

Henrique Carneiro é professor do Departamento de História da USP e membro do Conselho Editorial da Revista Outubro

quarta-feira, 4 de março de 2009

PETROBRÁS E EVASÃO DE DIVISAS

Primeiro acompanhe caro leitor (fonte: http://www.terra.com.br/):

Petrobras confirma negociação para patrocinar Manchester

A Petrobras confirmou, por meio de um comunicado divulgado nesta quarta-feira, que tem uma reunião com a diretoria do Manchester United agendada para o mês de março, na qual negociará um possível patrocínio ao clube inglês.
A empresa petrolífera brasileira diz que o Manchester entrou em contato depois de encomendar uma pesquisa que avaliou as melhores empresas para ter o nome em sua camisa.
No momento, o Manchester tem a seguradora AIG como patrocinadora oficial. Porém, com a crise econômica global, a empresa passa por dificuldades e o clube inglês já procura novos parceiros. Hoje em dia, a Petrobras patrocina dois clubes sul-americanos: o Flamengo, do Brasil, e o River Plate, da Argentina.
A petrolífera brasileira também fornecia combustível para a Williams e estampava o seu nome nos carros da escuderia. Porém, para 2009 a Petrobras tinha feito um acordo com a Honda, que anunciou seu fim em dezembro de 2008.
Com informações da agência Gazeta Press.


***
Agore raciocine comigo:

É o fim da picada. As variações do valor do barril de petróleo tipo Brent, variam para baixo há mais de ano, e a Petrobrás não repassa um centavo sequer de reajuste nos valores da gasolina que cobra dos brasileiros. De que adianta a dita "autosuficiência" petrolífera se o país segue uma política de preços ALGEMADA pela Petrobrás ? O valor do barril hoje está por volta de U$ 44,00 e caiu de um pico de U$ 144,00 o barril. Quanto o valor estava no pico, a gasolina custava por volta de R$ 2,70 o litro, em Porto Alegre, RS, Brasil. Veja bem, CENTO E QUARENTA E QUATRO DÓLARES AMERICANOS, para DOIS REAIS E SETENTA CENTAVOS. E agora ? Agora temos QUARENTA E QUATRO DÓLARES AMERICANOS, para DOIS REAIS E SESSENTA CENTAVOS...

Ou seja, a PETROBRÁS ESTÁ LAVANDO A ÉGUA, está enchendo os cofres de uma forma nunca dantes vista, à custa da classe média. Aliás, à custa da sociedade brasileira. Porque os valores também afetam o Diesel, responsável pelos valores dos fretes e, com isso, incidente direto sobre toda a cadeia produtiva. PARABÉNS PETROBRÁS: Sabes explorar seu povo como nenhuma outra empresa saberia fazê-lo.

Com tudo isso agora a Petrobrás colocar-se-á em um patamar, literalmente, para inglês ver. FAÇAM-ME O FAVOR. Isso é uma falta de respeito enorme com o povo brasileiro. Isso é uma afronta sem tamanho e sem precedente. Querem encher as burras do Manchester de dinheiro brasileiro. MEU dinheiro, SEU dinheiro.

E ainda tem aqueles que acham bonito.

Que pena que vivemos a paz da ignorância. A paz do gado. Somos gado, ferrado e encaminhado aos bretes dos matadouros internacionais...

"Revolución compadre !"


fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/europeu/2008/interna/0,,OI3613311-EI11631,00-Petrobras+confirma+negociacao+para+patrocinar+Manchester.html

CELSO ROTH, O COLORADO, AINDA ESPERNEIA !



É impressionante que após tão atabalhoada atuação enquanto técnico do Grêmio, após agir com covardia e desfaçatez, o sr. Celso Roth continue a proferir das suas.

Pinçando apenas algumas das reclamatórias dele, vou à contestação, sem data venia:

"– Nesse jogo do Gre-Nal, fizemos o pior jogo no primeiro turno, tirando o jogo contra o Veranópolis, quando tivemos uma equipe que não estava jogando. O torcedor pensa só no último jogo e esquece tudo o que vínhamos fazendo e a campanha do ano passado. O treinador passa a ser o pior e os jogadores também. Mas a gente respeita essa posição do torcedor."

Senhor Celso, o torcedor lembra de tudo, tudo mesmo, inclusive dos erros nos vários jogos, inclusive o GRENAL do Brasileirão 2008 onde a derrocada e a perda dos 11 pontos de distância para o São Paulo começou. Que mania de xingar o tor-ce-dor. É como o Wianey Carlet disse: chega a dar raiva, sempre que se refere ao torcedor, Celso chega a separar as sílabas, como se quisesse diminuir o conhecimento de futebol do TOR-CE-DOR. Celso Roth não gosta da torcida do Grêmio, não respeita-a e mesmo sabendo ser ela a fonte de seu salário, ele não consegue disfarçar seu COLORADISMO. E não fale dos jogadores do Grêmio, até então eles tem demonstrado luta e raça, mas não adianta só isso, futebol exige times, não "bandos"... O Grêmio contra o Internacional tinha um bando de jogadores em campo e não um time. Tudo pelas rateadas do Celso.


Mais uma:

"– Eu falei que nós tivemos problema comportamental no jogo. Pelo menos essa foi a minha intenção. Tivemos um comportamento diferente do que tivemos na quarta-feira e seria impossível repetir essa atitude de vibração, de empolgação alguns dias depois. O comportamento de quarta para domingo não foi o mesmo."

Senhor Celso, essa é muito simples. O senhor causou isso. O senhor desvalorizou o Grenal. O senhor escalou uma retranca ridícula para se suicidar no Beira-Rio. O senhor entrou se defendendo, quando os jogadores do Grêmio atualmente tem como melhor característica o ataque. Ninguém consegue vibrar, se empolgar, se defendendo do Inter no Beira-Rio lotado, faça-me o favor.

Para finalizar:

Perguntado sobre o porquê da utilização de Diogo ao invés de Jonas logo no início:

"– Desde a pré-temporada digo que venho testando formações. Não é nada contra ou a favor de Jonas, até porque eu gosto muito dele e ele vem correspondendo."


Celso, vá testar formações contra o Ypiranga, contra o Veranópolis. FINAL DE TURNO, TERMINANDO EM GRENAL NÃO É PRÉ-TEMPORADA, E GRENAL NÓS QUEREMOS É VENCER.



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Não entendo o que ainda segura esse senhor no cargo. Ele é ridículo. Ele está, isso sim, brincando de treinador com o Grêmio.



CELSO, VAI JOGAR ELIFOOT !



Forza Gremio

segunda-feira, 2 de março de 2009

O DERROTISTA ROTH, ou seria, O COLORADO ROTH ??

Realmente considero-me um vencedor. Um vencedor não é vencedor simplesmente, do nada. Ele sabe porque vence, porque prospera. E quando ele é derrotado, ele sabe o porquê de seu infortúnio. Lambe suas feridas, remonta sua honra, levanta a cabeça e vai adiante.
Celso Roth é um derrotado. Um derrotado que não sabe o porquê de seu fracasso. Ou que GOSTA de ser DERROTADO.

Celso Roth desde que retornou ao Grêmio tem adotado em todas as suas partidas decisivas o que considero um comportamento "chama-derrota". Ele recusa-se a atacar, recusa-se a manter as equipes que estão estabilizadas e vitoriosas. Ele tem que inventar. Ele tem que mexer onde não há necessidade. Ele agora aproveita-se de um momento de participação na Libertadores para menosprezar algo que há de mais importante na vida do torcedor gaúcho: O GRENAL. É óbvio que o Grêmio tem uma equipe superior ao Internacional e que está mal escalado. Durante o momento que o Grêmio atuou no 352, atacando o Internacional, começou uma reação na partida e imprimiu seu ritmo, após ter empatado. Mas isso acabou durando pouco...

Durou até que Celso Roth decidiu que a taça Fernando Carvalho deveria mesmo ficar com o clube para o qual torce: o Internacional. Tendo decidido isso, novamente mexeu na equipe, tirando de campo Jadíslon e promovendo a entrada de mais um zagueiro. PARA QUÊ ? Se o Grêmio começou finalmente a atacar, o Internacional a se encolher, que se apostasse na virada, NÃO TENDO MEDO DE SER FELIZ, que se mantivesse os atacantes, que continuasse a atacar...

Se não for medo de ser feliz, só pode que Celso Roth é colorado. Não ganha propositalmente as partidas. Age como um adolescente irresponsável com o time sempre quando joga Grenal. Faz mudanças impensadas e impensáveis. Quem, sendo técnico, em sua sã consciência, após uma partida como a da estreia da Libertadores, MUDA O ESQUEMA, VAI COM MEDO PRO BEIRA-RIO ? Desde quando o GRÊMIO FOOT-BALL PORTOALEGRENSE é uma equipe medrosa ??? Desde a chegada de Celso Roth !

Será que o Grêmio não conhecia as ideias ridículas do Roth de fazer essa mudança, novamente, no GRENAL ??? Será que estavam todos de acordo com isso ? Acorda Duda, acorda Krieger !!!

AGORA SÃO VERGONHOSOS 3 GRENAIS DE DERROTAS CONSECUTIVAS. É simplesmente INACEITÁVEL. Celso Roth precisa urgentemente receber os valores de sua recisão de contrato. Ou a direção está ansiosa para ouvir as lamúrias e as desculpas após ser desclassificado na Libertadores ???

E outra, se formos campeões da américa, esses desgraçados já nos venceram duas vezes esse ano, logo, já estamos com a marca na paleta. NÃO ADIANTA MAIS.

ACORDA DIREÇÃO GREMISTA. ACORDA DUDA KROEFF, se realmente queres honrar nosso clube, MANDA EMBORA ESTE colorado chamado CELSO ROTH.


forza gremio... forza... estás precisando...